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Sunday, January 10, 2016


O Senhor Gonçalves Sorriu Para MIM!

Não posso dizer as horas a que me levantei. Chamar-me-iam preguiçoso.
Levantei-me de bem com o Mundo inteiro. Estava bem-disposto. Feliz.
Satisfeito.

Quando levei o “leite” à minha cara-metade. Observei-a e estava linda. Sublime. Sorridente.
Era tão linda. Parecia uma Deusa maravilhosa. De encanto e deslumbre imensos. 

Disse-me que eu era tudo para ela. Nem acreditei. Beijei-a com amor.
Descia as escadas e vi o Senhor Gonçalves com a lareira acesa. Usufruindo do calor apaziguador do frio intenso que se fazia sentir. Sim! Na minha casa na cidade sublime  que adoro.

Olhei-o. Agi. Dei-lhe um beijo na testa. O seu sorriso “abriu-se” para o que sou.
Nem queria acreditar. Dirigi-me, de novo, à cozinha e arranjei-lhe o almoço. Prometi-lhe que iria buscar lenha. Depois de ele almoçar. Iria sentir-me melhor. 

Com aquele “afago” bem quentinho.
Não disse, que eu não sabia nada de nada. Já era extraordinário para mim.
Por contrário “abriu” a sua vida, naquele momento, num majestoso agradecimento.

Sim! Por gostar dele. Por sentir “algo” por ele.
Senti-me muito bem. Havia começado o meu dia só com alegrias manifestas e sentidas.
Pensei otimista. Afinal, ele gosta de mim. Imenso.
Neste momento em que escrevo sinto uma felicidade profunda. Exemplar. Gigantesca. Enorme. Todas as pessoas, mas todas as pessoas, deviam sentir-se felizes. Como eu estou.

O Senhor Gonçalves gosta de mim. Será possível?
Existo. Sinto-me, agora, compreendido. Aquele sorriso fez-me bem. Muito bem. Sinto-me maravilhado com ele. Com a vida. Com o Senhor Gonçalves que nunca teve a ideia de gostar do que sou.

E, neste instante belo, sentei-me ao seu lado. Conversamos. Sem nos “atropelarmos” um ao outro. Com civismo. Com Cidadania. Com respeito mútuo. Éramos amigos.

 E, agora, ousei partilhar isso convosco.
Senhor Gonçalves, gosto muito de si.

Sejam felizes, está bem?


António Pena Gil  Janeiro 2016